Indaiatuba inicia obras para tratar 100% do esgoto até final de 2019

Na última quarta-feira, dia 22 de março, foi celebrado o Dia Mundial da Água e em comemoração à esta data, o SAAE Indaiatuba anunciou o início das obras de adequação e ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Mário Araldo Candello, que irá permitir que Indaiatuba trate 100% de todo esgoto gerado e coletado no município, contribuindo para a despoluição dos rios Jundiaí e Tietê, trazendo ainda mais qualidade de vida para a população de Indaiatuba e região.

A obra que terá um custo de aproximadamente R$ 70 milhões, com recursos provenientes do Saae, Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e do Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes), da Agência Nacional de Águas (ANA), tem previsão para ser concluída no final de 2019.

Durante o anúncio da ampliação da ETE o prefeito de Indaiatuba Nilson Gaspar e o gerente da Cetesb de Jundiaí, Domênico Tremaroli falaram sobre a luta de 30 anos para a despoluição do rio Jundiaí e da importância do trabalho conjunto e na troca de conhecimento entre a municipalidade e a Cetesb, em prol do meio ambiente e do desenvolvimento planejado da cidade. “A bacia do rio Jundiaí é a primeira no Brasil a ser despoluída e reclassificada”, informou Domênico.

Sobre a ETE Mário Araldo Candello

Localizada na Rua Ema G. Magnusson, Distrito Industrial Vitória Martini, em uma área de 310 mil metros quadrados, o acesso à ETE Mário Araldo Candello é feito através de uma ponte de concreto armado construída pelo Saae.

A ETE utiliza um dos mais avançados métodos de tratamento de esgoto do mundo: o biológico, pelo processo de lodos ativados por aeração prolongada com ar difuso, cuja finalidade é introduzir ar atmosférico na massa líquida e, dessa forma, possibilitar a multiplicação das bactérias que se alimentam da matéria orgânica existente no esgoto e que utilizam oxigênio no processo metabólico. Com a nova obra a eficiência mínima será de 95% na remoção de DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio, com remoção simultânea de nitrogênio e um sistema de dosagem de cloreto férrico para remoção de fósforo.

Hoje sua capacidade máxima de tratamento é de 1000 litros por segundo, com uma carga orgânica de 200 DBO5 mg/l. Após as obras sua vazão máxima de tratamento será ampliada para 1320 L/s e uma carga orgânica diária estimada em 458 DBO5 mg/l.

Das quatro lagoas, hoje existentes, duas serão adequadas para implantar o sistema de aeração e uma nova lagoa será construída, ampliando a capacidade de tratamento da estação até 2035.

A ampliação também contempla o modelo de tratamento terciário através de desinfecção do efluente por hipoclorito de sódio e utilização de membranas ultra filtrantes no processo de produção de água de reuso. O resultado do tratamento será um produto que poderá ser utilizado por empresas para finalidade não nobre.

 

 

Fonte: SAAE Indaiatuba