ARES-PCJ Promove Palestras Sobre Inteligência Artificial e Internet das Coisas no Saneamento Básico
A Academia ARES-PCJ promoveu, no dia 22 de outubro, um evento de grande relevância sobre "Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT) aplicadas ao saneamento básico". Com a participação de especialistas na área, o encontro teve como objetivo promover discussões sobre a aplicação dessas tecnologias para a melhoria do saneamento, abrangendo diversos aspectos, como eficiência operacional, qualidade do atendimento ao usuário e soluções para desafios enfrentados pelo setor.
Carlos Amadeu Schauff, consultor técnico do CNQA e vice-presidente do IPEG, abriu o evento abordando o modelo MEGSA para excelência em gestão de saneamento. Schauff destacou a importância do conceito de ESG (Ambiental, Social e Governança), ressaltando que, na evolução para o ESG 2.0, a incorporação da Inteligência Artificial é fundamental para que as empresas se mantenham adaptáveis em um cenário cada vez mais complexo. Ele explicou como desenvolver um prompt eficaz para IA e apresentou dados que demonstraram que os prestadores de serviços que adotaram o Modelo MEGSA, que em seu modelo mais novo trabalha com a inclusão da IA, mantiveram suas taxas de universalização do saneamento básico, ao contrário daqueles que não incorporaram essa tecnologia.
Na sequência, Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, trouxe uma perspectiva empresarial sobre a implantação de inovações tecnológicas, contando de seu trabalho como conselheiro da Augen Engenharia. Ele ofereceu insights sobre como as empresas podem adotar a IA e a IoT em suas operações, destacando a importância da tecnologia em um ambiente em constante transformação.
A representante da coordenadoria de gestão da qualidade da SANASA, Jacqueline Caselli, compartilhou experiências positivas da gestão utilizando o MEGSA, enfatizando os resultados positivos obtidos nos últimos anos e o impacto uso da IA durante esta trajetória.
E, Diego Oliveira, gerente executivo de TI da Aegea, por sua vez, abordou as limitações das práticas de IA, mas também destacou as oportunidades de expansão que essas tecnologias oferecem. Ele discutiu que a IA e a IoT não devem ser vistas como uma ameaça aos empregos existentes, mas sim como uma oportunidade para a criação de novas funções. A ética e a privacidade dos dados, utilizados por todos os stakeholders das empresas, foram temas finais de sua apresentação.
Por fim, Alexandre Coan Pierri, diretor comercial do DAAE Araraquara, trouxe exemplos práticos de implementação de IoT no município. Ele demonstrou como a cidade está utilizando hidrômetros e sondas conectadas para otimizar a gestão dos recursos hídricos, facilitando decisões mais rápidas e eficientes, fundamentadas na tecnologia e melhoria da relação com o usuário.
O evento foi encerrado com uma rodada de perguntas e respostas, onde os palestrantes concordaram que a Inteligência Artificial não opera de forma autônoma e que sempre depende da intervenção humana para validação das informações. A necessidade de capacitar os funcionários para o uso correto da IA, bem como a importância da atuação dos "curadores"—profissionais capacitados para elaborar prompts adequados—foi destacada como um ponto essencial para a alavancagem de um desenvolvimento ideal no setor de saneamento básico.
O evento reafirma o compromisso da ARES-PCJ em promover discussões pertinentes e fomentar a utilização de tecnologias inovadoras no saneamento, sempre em busca da melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.
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